domingo, 16 de outubro de 2011

São Geraldo Megela. Rogai por nós!

Geraldo nasceu em 1726 em Muro Lucano, lugar pequeno do sul da Itália. Teve a sorte de ter uma piedosa mãe, Benedetta, que o fez conhecer o amor infinito e misericordioso de Deus. Sentia-se feliz porque estava junto de Deus. 
Geraldo tinha doze anos quando seu pai morreu e ele se tornou assim o apoio da família. Entrou como aprendiz de alfaiate, e o substituto do professor o maltratava e chegava a bater nele. Depois de quatro anos de aprendizagem e justamente no momento em que podia começar a trabalhar como alfaiate, disse que ia trabalhar como criado do bispo de Lacedônia. Os amigos o aconselharam que não aceitasse esse trabalho, porque os momentos raivosos e os maus-tratos que recebiam do irascível prelado, eles, como criados, viam-se forçados a abandonar o emprego em poucas semanas. Mas isso não foi suficiente fazer Geraldo desistir. Durante três anos se ocupou de tudo e permaneceu aí até a morte do bispo.
 
Durante muito tempo, Geraldo acreditou que assim cumpria a vontade de Deus e por isso aceitou tudo. Os maus-tratos do alfaiate e assim como ser considerado uma nulidade pelo bispo não importavam nada para ele, via o sofrimento como parte integrante do seguimento de Cristo. “Sua Excelência me quer bem”, dizia. Desde então, Geraldo passava longas horas diante do Santíssimo Sacramento, o mistério do Senhor crucificado e ressuscitado.
 
Em 1745, aos 19 anos, voltou para Muro, onde começou a exercer por conta própria o ofício de alfaiate. O negócio ia bem, mas ele não juntou muito dinheiro. Praticamente ele dava tudo. Punha à parte separado o necessário para a mãe e para a irmã, e o resto dava para os pobres, ou simplesmente o usava para mandar celebrar missas para as almas do purgatório. Não houve uma súbita nem uma conversão espetacular em Geraldo. Foi um processo normal e constante de um crescimento no amor de Deus. Na Quaresma de 1747 decide assemelhar-se o mais possível a Jesus Cristo. Entregou-se às penitências mais severas e procurou as humilhações passando por louco, e estando contente de que os outros se rissem dele. Quis servir totalmente o Senhor e pediu para ser capuchinho; mas não foi aceito. Aos 21 anos tentou viver uma vida eremítica. Desejava chegar a assemelhar-se inteiramente a Cristo até o ponto de aceitar com alegria o ser protagonista da Paixão, como imagem viva de Cristo, na Catedral de Muro. Conheceu os redentoristas e pediu então para entrar na Congregação; mas recebeu uma recusa também por causa de seu estado precário de saúde. Porém continuou insistindo até que o Padre Paulo Cáfaro o aceitou, mas isto não sem certa dificuldade, enviando-o para o noviciado em Iliceto, em 1749, com um bilhete no qual dizia: “Eu envio um irmão inútil”. Geraldo professou em Iliceto no dia 16 de julho de 1752. Aqui desmentiu muito depressa, por seu serviço excelente como porteiro, alfaiate e sacristão, o prognóstico feito pelo Padre Cáfaro sobre ele. Ganhou tal fama de santidade que um grande número das pessoas ia a ele para tê-lo como guia espiritual na vida. Ele recebeu logo o dom de ler nas consciências. Entre aqueles que o apreciaram e o veneraram por sua santidade se encontra a Venerável Maria Celeste Crostarosa. Os muitos milagres que são atribuídos a ele, imerecidamente lhe deram o título de taumaturgo.
 
Morreu em Materdomini, no dia e na hora que ele tinha predito, 16 de outubro de 1755, consumido por suas severidades e pela tuberculose. Foi beatificado por Leão XIII no dia 29 de janeiro de 1893 e canonizado por Pio X no dia 11 de dezembro de 1904. Muitos católicos o veneram no mundo inteiro como o patrono especial das mães e das famílias.
 
Pe. Geraldo Rodrigues, C.Ss.R.

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