domingo, 4 de dezembro de 2011
Meditação do 2º Domingo do Advento
O começo do evangelho de Marcos é um título: Começo da boa notícia de Jesus Cristo, filho de Deus. É um começo que abarca o livro inteiro, pois todo o evangelho de Marcos deve ser ouvido como boa notícia sobre Jesus Cristo. Ao contrário de Mateus e Lucas, Marcos não relata nada sobre a infância de Jesus: em vez disso, por intermédio de João, apresenta imediatamente os leitores ao Jesus adulto, em seu ministério feito de sucesso e de conflito com os que não entendem a sua missão. O drama que começa aqui se manifestará no mistério final da sua morte e ressurreição.
Marcos identifica João como o anjo do Senhor que acompanhava o povo no deserto (Ex 23,20) ou como o mensageiro de Is 40,3, portador de boa notícia para o povo exilado. Marcos elimina de João todo traço de austeridade e o tom severo do seu discurso e o transforma num mensageiro da boa nova.
Os moradores da região da Judéia e da cidade de Jerusalém, que procurava João no deserto, para ouvir sua mensagem e receber a graça do arrependimento, insatisfeitos com as liturgias penitenciais do templo, parecem agora ouvir aquela voz do deserto, que anuncia a boa nova a Jerusalém e às cidades a chegada de um salvador.
O batismo de conversão para a remissão dos pecados aparece na apresentação de Marcos como cumprimento daquela boa notícia. Aquele cuja vinda João anuncia não é Juiz do mundo que batizará com fogo, mas o salvador que batizará com o Espirito. O que João quer é suscitar uma atitude de conversão frente à chegada do Messias. Quer, sobretudo, anunciar aos pobres que a sua “servidão” está perto do fim.
Em nossa assembléia litúrgica a voz de João ressoa agora, animando nossos corações para a chegada do Cristo que vem. Na escuta amorosa palavra e na alegria de partilharmos juntos o pão manifesta-se no meio de nós a sua presença.
http://www.revistadeliturgia.com.br/diadosenhor.php?id=208&tipo=2
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