domingo, 27 de novembro de 2011

Meditação do 1º Domingo do Advento


Ao responder aos discípulos sobre o fim dos tempos, Jesus, no último discurso do evangelho de Marcos, faz ver que, no momento da crise na qual não faltarão os falsos messias (v. 6), as guerras (v.7), catástrofes naturais (v. 8), há uma promessa de transformação. São as dores de parto que anunciam uma vida nova e até mesmo a perseguição que servirá para estender o evangelho a todo o mundo (v. 8b-9). O discurso segue com uma linguagem assustadora e sombria, mas há no centro de tudo a luz consoladora que triunfa sobre as trevas, a promessa da manifestação do Filho de Deus (v.26-27). Portanto a reação da comunidade cristã não é alarmar, mas perseverar, não é perder-se com cálculos inúteis sobre o futuro, mas viver plenamente o presente, fiel ao ensinamento do evangelho.
O texto lido na celebração de hoje conclui o discurso, convidando a vigiar. Servos, patrão e casa apontam para a comunidade cristã, abrindo este apelo à vigilância para todos e não só para o porteiro do evangelho. A advertência é que perseveremos na fé, até mesmo nos dias sombrios de sofrimento, por amor do Evangelho. Estimulados pela promessa da vitória final de Deus sobre qualquer dificuldade podemos aceitar com renovado ardor nossas responsabilidades na missão, até que amanheça o dia da sua chegada.
Em nossa reunião litúrgica, ao acendermos a primeira vela da coroa somos tocados pela certeza da luz que vence as trevas nas pequenas vitórias que vão acontecendo na trajetória do povo, na resistências dos pobres e excluídos e em nossa própria vida. O alimento que partilhamos expressa simbolicamente que o reino de Deus já está no meio de nós e nos compromete a ficar acordados, perseverantes na missão que o Senhor no confiou, para apressar a sua vinda.

http://www.revistadeliturgia.com.br/diadosenhor.php?id=207&tipo=2

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